Monday, February 2, 2009

NOSTRADAMUS PREVIU: O VIA RURAL É UM SUCESSO!

Eu não sou “nostradamus” mas, na coluna passada cantei a bola. O problema do trânsito em Araguaína é crônico e parece não ter a atenção dos órgãos fiscalizadores. No último domingo uma criança de doze anos foi a vitima da vez. Agora imagine só: Ela foi atropelada quando trafegava de moto na TO 222, de carona com a sua mãe quando tiveram a moto violentamente colhida pela caminhonete dirigida por um irresponsável que disputava um “racha” naquele setor. Ora, se teremos que esperar mais mortes para tomar providências, então de nada valerá a pena tantas vidas ceifadas. Agora vou apelar: Pelo amor de Deus. Alguém tome uma providência! Atenção pais: vocês sabem o que seus filhos andam fazendo de carro por aí?? Cuidado para não ser surpreendido com alguma fatalidade, por que se quem tem o dever de cuidar do trânsito não o faz, vamos nós, então fazer a nossa parte.
Mais uma perguntinha: Quem é, ou quem são os responsáveis pela fiscalização dos médicos que atendem pela saúde pública????? Eu mesmo sofri na pele o problema. Levei minha linda e querida filha mais nova, a Dara, para consultar. Ela apresentava os seguintes sintomas. Febre insistente, vômito, diarréia, e secreções pelo nariz (nem sempre é gripe, descobri agora). Pasmem!! Nas três vezes, com intervalos de menos de dois meses, foi receitado pra ela o DESCOM (remédio que traz na bula a indicação para desentupir as vias aéreas e combater a gripe). Fiquei “puto” da vida. Levei numa clínica particular e a eficiente doutora Gisele deu o diagnóstico: Sinusite. E minha mulher mandando o descom na coitada da minha filha. No segundo dia de tratamento a Dara já estava serelepe da vida, correndo pra todo lado e comendo de tudo. Em dez dias não havia mais sintomas... Obrigado Doutora Gisele e parabéns pelo seu trabalho. Estou aliviado por que sei que minhas filhas estão em boas mãos.
Agora vem outra pergunta: Qual é a desses médicos estatais??? Será que na ânsia de ir embora mais cedo e atender o maior número de pacientes possível eles dão qualquer coisa e nem aí para os filhos dos outros?? E o juramento deles?? Pior: Até quando vamos ficar a mercê desses incompetentes irresponsáveis??? Será que são os mesmos estagiários que estão sendo denunciados pela TV Anhanguera??? Perguntar não ofende, né? Ah! E sobre o descon: Joguei no chão, pisei em cima como se estivesse pisando na cabeça de quem deveria cuidar da nossa saúde com mais responsabilidade.
Antes que eu esqueça: Quero registrar aqui o meu agradecimento ao pessoal do Jornal O NORTE e a todos os empresários que votaram no Programa Via Rural como o terceiro mais assistido dos programas alternativos. Pra nós é uma grande vitória já que estamos a apenas seis meses no ar, não temos o perfil de programa alternativo e sim específico ou setorista e ainda por cima quem votou não é nosso público-alvo. Quer dizer: Matamos a pau. É confortante ver que o nosso trabalho está sendo reconhecido. Pela importância do Jornal O NORTE, Pela seriedade da pesquisa e pela consistência dos votantes, já somos uma realidade em Araguaína e isso pra nós, que começamos este projeto há seis meses sem a menor pretensão, a não ser de abrir espaço para o agro negócio, é simplesmente animador.
Obrigado aos meus amigos da VIA BRASIL COMUNICAÇÃO que fazem o VIA RURAL. Parabéns ao Rodrigo Magalhães e ao Flávio Leal que tiveram essa idéia tão maravilhosa. Obrigado ao Suami de Oliveira, ao Cícero José e ao Ney Max pela dedicação. Agradecimentos ao Doutor André Carreira, nosso consultor de veterinária e ao doutor Normando Nóbrega de agronomia e ao Wesley Mourão, seja bem-vindo à família.
Chega, senão eu choro por que dessa eu já zarpei.

Roberto Guerrero

prepara ação

Quando o narrador empolgado acelera o ritmo da fala, aumenta o tom de voz e se prepara para gritar gol, é como uma dose de adrenalina penetrando nas veias da gente, subindo rapidamente ao cérebro. Dá um frio na espinha, a voz cala, as mãos cerram, os olhos arregalam e de repente toda essa cadeia se fecha num chute mal direcionado ou até pela bola na trave ou defesa do goleiro. A carga é tão grande que aquela emoção tem que ser colocada pra fora, sob pena de não termos outra chance de pedir desculpas ao cérebro pela emoção que preparamos, mas não aconteceu. Aí só há uma saída: o grito de “uuuuuuhhhhhhhh!!!!!!!!!!!!!!”
Aí o “feladagaita” do narrador espoca: “Paaassa tirando tinta da trave!” ou então: “Saaaalva o goleiro em cima da linha!”. Como se a gente não soubesse o que aconteceu.
Mas essa emoção transmitida pela voz, no rádio, é que nos acalanta e dá a certeza de que outras chances virão.
Foi assim que me senti, no último sábado, aos 46 minutos do segundo tempo do jogo-treino entre o Araguaína e o Imperatriz, no estádio “Gauchão”.
Zero a zero. No último lance do jogo, depois da cobrança de escanteio e o corte parcial da zaga do Imperatriz, a bola cai próximo à marca do penalty, implorando para alguem chutá-la e levá-la de encontro a sua melhor amiga, a rede. André apareceu livre de marcação, ajeitou o corpo um pouquinho à esquerda pra não ter perigo de errar. Pisou firme com o pé esquerdo no chão e pegou a redonda com o meio do pé direito, de cheio. Eu e mais centenas de pessoas pulamos pra gritar gol e a pelota explodiu na trave. Um dos maiores narradores esportivos dessas bandas do Brasil, o experiente Marcelo Rodrigues(meu mestre) da Rádio Mirante de Imperatriz gritou: “Na traaaaave! Salva-se o Cavalo de Aço no último segundo de jogo.” Imediatamente ao lance o juiz terminou a partida e deixou em nossas mentes a lembrança de um jogo disputado debaixo de chuva. Acirrando a rivalidade entre os dois clubes de estados vizinhos que jogaram mais de noventa minutos buscando o gol. Era apenas um jogo de preparação das equipes que buscam se aperfeiçoar para a disputa dos campeonatos estaduais maranhense e tocantinense, mas, por trás da “amistosidade” do jogo existem anos e anos de disputas entre os dois times e ainda a vontade de cada torcida das cidades vizinhas(apesar dos 250 quilômetros de distância) zoar um pouco dos derrotados e dormir seguro de que seu time fará um bom campeonato.
Isso é, no caso do Araguaína, extremamente importante este ano, já que é o ano de inauguração do novo estádio, o “Mirandão” e começar ganhando um campeonato não é só mais um título, é história coroada de glória.
De repente as luzes se apagam e eu me lembro que aquele poderia ser o último jogo profissional do estádio “Gauchão”.
A gente merecia aquele gol!
Seria o desfecho apoteótico do local onde nasceu a lenda de um touro, no norte do Brasil, que tem o poder de emocionar milhares de pessoas, não só pela força e imponência, mas pela beleza do esporte que congrega, une, emociona, orgulha.
Valeu, Gauchão! Não serás esquecido, espero. Talvez daí mesmo apareçam, da base, os futuros craques que levarão o “Tourão do Norte” adiante.
Não vais ficar na história continuarás sendo parte dela. E, talvez a bola na trave no último minuto do último jogo da tua história seja pra que nunca esqueçamos as emoções que vivemos juntos.

Roberto Guerrero